sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Jose Manoel Moran
É um desafio aprender a gerenciar o processo de aprendizagem, presencial e a distância, na transição para a Sociedade da Informação. Organizações educacionais e empresariais precisam rever seus processos de organização, flexibilizar seus currículos, adaptar-se a novas situações, formar seus docentes no gerenciamento da aprendizagem com tecnologias telemáticas.Este artigo mostra o resultado de experiências de organizar cursos em ambientes presenciais e virtuais, procurando ampliar o conceito de aula, de interação e pesquisa para além da presença física num mesmo espaço e ao mesmo tempo.
Palavras-chave: Educação, Internet, ambientes virtuais, educação a distância, Sociedade da Informação.
Estamos em uma etapa de grandes mudanças na transição para a Sociedade da Informação, que afetam também à Educação. Temos que repensar seriamente os modelos aprendidos até agora. Ensinar e aprender com tecnologias telemáticas é um desafio que até agora não foi enfrentado com profundidade. Temos feito adaptações do que já conhecíamos. A educação presencial e a distância começa a ser fortemente modificada e todos nós, organizações, professores e alunos somos desafiados a encontrar novos modelos em todas as situações. As tecnologias telemáticas de banda larga, que permitirão ver-nos e ouvir-nos facilmente, colocam em xeque o conceito tradicional de sala de aula, de ensino e de organização dos procedimentos educacionais.
O conceito de curso, de aula também está mudando. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço serão, cada vez, mais flexíveis. O professor continuará "dando aula", de uma forma menos informativa e mais gerenciadora, utilizando as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam:para alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula, receber e responder mensagens dos alunos, criar listas de discussão etc. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos poderão estar motivados, se entenderem a "aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.
Começamos a ter acesso a programas que facilitam a criação de ambientes virtuais,que colocam alunos e professores juntos na Internet. Programas como o WebCT, o Blackboard, o Eureka, o LearningSpace, o Aulanet, o FirstClass, o TopClass, o Universite e outros semelhantes permitem que o professor disponibilize o seu curso, oriente as atividades dos alunos, e que estes criem suas páginas, participem de pesquisa em grupos,discutam assuntos em fóruns ou chats. O curso pode ser construído aos poucos, as interações ficam registradas, as entradas e saídas dos alunos monitoradas. O papel do professor se amplia significativamente: Do informador, que dita conteúdo, se transforma em orientador de aprendizagem, em gerenciador de pesquisa e comunicação, dentro e fora da sala de aula, de um processo que caminha para ser semipresencial, aproveitando o melhor do que podemos fazer na sala de aula e no ambiente virtual.
É um desafio aprender a gerenciar o processo de aprendizagem com alunos conectados pela Internet, tanto na educação presencial como na educação a distância.Organizações educacionais precisam rever seus processos de organização, flexibilizar seus currículos, adaptar-se a novas situações, formar seus docentes no gerenciamento da aprendizagem com tecnologias telemáticas.
Gerenciamento de cursos presenciais em ambientes virtuais
Venho desenvolvendo alguns cursos de pós-graduação e de especialização utilizando programas que permitem realizar um conjunto de atividades pedagógicas e de acompanhamento de alunos dentro de um mesmo ambiente virtual. São cursos semipresenciais, que combinam encontros físicos em uma sala de aula com encontros virtuais, online (estando todos conectados todos ao mesmo tempo) e offline (deixando a critério de cada um quando fazê-lo).
Se alunos e professores estão conectados, surgem novas oportunidades de interação,antes simplesmente impensáveis. O que vale a pena fazer quando estamos em sala de aula e quando estamos só conectados? Como combinar a interação presencial e virtual? Como "dar aula" quando os alunos estão distantes geograficamente e podem estar conectados virtualmente?
Pela primeira vez o mesmo software de gerenciamento pode servir tanto para um programa de educação presencial e a distância. O presencial, o semipresencial ou o online e o a distância mudam com todas estas novas interações.
Relatarei, a seguir, com mais detalhes o gerenciamento de um curso de Pós-Graduação semipresencial sobre Redes Eletrônicas na Educação. Nas primeiras aulas do curso, procurei motivar os alunos para o curso, criar boas expectativas, estabelecer laços de confiança e organizar o processo de aprendizagem. Discutimos alguns textos básicos, criamos uma lista de discussão por e-mail para troca de informações fora da aula. Fui colocando textos à cada semana no programa WebCT e pedi aos alunos que os lessem, analisassem, escrevessem comentários. E marcávamos alguma atividade de discussão desses textos através de chat. O programa tem seis salas disponíveis de chat. As quatro primeiras permitem a gravação do que acontece. Algumas atividades foram do tipo aulaconsulta,para tirar algumas dúvidas, onde cada um colocava alguma questão em relação ao texto e o professor procurava orientá-los. Em outros momentos, organizamos grupos para discutir um tema bem específico dentro de cada sala de aula virtual, com a supervisão do professor.
Cada experiência virtual online teve o seu valor. Tirar dúvidas pode ser útil, se o grupo for disciplinado e não muito numeroso. Os nomes dos alunos e do professor aparecem em um canto da tela e todos sabem quem entra, sai ou permanece lá. Discutir um texto ou questão em pequenos grupos em salas virtuais é interessante. Corresponde à discussão feita em grupos numa sala de aula presencial. Através da lista de discussão ou fórum o professor organiza os grupos com seus coordenadores e salas respectivas e discutem o texto ou assunto indicado durante um tempo determinado. O professor navega pelas várias salas, acompanha a discussão, participa quando percebe que é conveniente.
Essa conversa de cada grupo fica registrada para acesso posterior de qualquer aluno na hora que ele quiser. É importante que cada grupo faça uma síntese do que foi discutido para facilitar o próprio trabalho de aprendizagem e de quem acessar depois. Essa síntese pode ser colocada também no fórum para dar-lhe mais visibilidade.
Como nem sempre é possível reunir os alunos em horários predeterminados, o professor pode organizar também discussões gerais ou grupais no fórum. É um espaço onde se podem criar tópicos de discussão e cada um escreve quando o considera conveniente. Há fóruns gerais, para todos e podem também ser organizados em grupos, para discutir assuntos específicos e facilitar a interação. Os fóruns de grupos podem ser abertos a todos ou só para cada equipe, dependendo do grupo e da atividade. O importante é que os grupos participem, se envolvam, discutam, saiam do isolamento, um dos grandes problemas da educação a distância até agora.
As ferramentas de comunicação virtual até agora são predominantemente escritas,caminhando para ser audiovisuais. Por enquanto escrevemos mensagens, respostas, simulamos uma comunicação falada. Esses chats e fóruns permitem contatos a distância,podem ser úteis, mas não podemos esperar que só assim aconteça uma grande revolução, automaticamente. Depende muito do professor, do grupo, da sua maturidade, sua motivação, do tempo disponível, da facilidade de acesso. Alguns alunos se comunicam bem no virtual, outros não. Alguns são rápidos na escrita e no raciocínio, outros não.
Alguns tentam monopolizar as falas (como no presencial) outros ficam só como observadores. Por isso é importante modificar os coordenadores, incentivar os mais passivos e organizar a seqüência das discussões.
Hoje a possibilidade que temos de troca no presencial é muito maior que no virtual(embora não aproveitemos, em geral, o seu potencial). Com o avanço da banda larga, ao ver-nos e ouvir-nos facilmente, recriaremos condições de presencialidade de forma mais próxima e sentiremos mais o contato com os outros, que estão em diversos lugares.
Pela avaliação feita com os alunos, vale a pena utilizar ambientes virtuais como ampliação do espaço e tempo da sala de aula tradicional, mas não são uma panacéia para a aprendizagem nem substituem a necessidade de contatos presenciais periódicos.
Equilibrando o presencial e o virtual podemos obter grandes resultados a um custo menor de deslocamento, perda de tempo, e de maior flexibilidade de gerenciamento da aprendizagem.
Educar em ambientes virtuais exige mais dedicação do professor, mais tempo de preparação- ao menos nesta primeira fase - e principalmente de acompanhamento, mas para os alunos há um ganho grande de personalização da aprendizagem, de adaptação ao seu ritmo de vida, principalmente na fase adulta.
Com o aumento do acesso dos alunos à Internet, poderemos flexibilizar bem mais o curriculum, combinando momentos de encontro numa sala de aula, com outros de aprendizagem individual e grupal. Aprender a ensinar e a aprender integrando ambientes presenciais e virtuais é um dos grandes desafios que estamos enfrentando atualmente na educação no mundo inteiro.
É importante neste processo dinâmico de aprender pesquisando, utilizar todos os recursos, todas as técnicas possíveis por cada professor, por cada instituição, por cada classe: integrar as dinâmicas tradicionais com as inovadoras, a escrita com o audiovisual, o texto seqüencial com o hipertexto, o encontro presencial com o virtual.
O que muda no papel do professor? Muda a relação de espaço, tempo e comunicação com os alunos. O espaço de trocas aumenta da sala de aula para o virtual. O tempo de enviar ou receber informações se amplia para qualquer dia da semana. O processo de comunicação se dá na sala de aula, na internet, no e-mail, no chat. É um papel que combina alguns momentos do professor convencional - às vezes é importante dar uma bela aula expositiva- com mais momentos de gerente de pesquisa, de estimulador de busca, de coordenador dos resultados. É um papel de animação e coordenação muito mais flexível e constante, que exige muita atenção, sensibilidade, intuição (radar ligado) e domínio tecnológico.
Educação a Distância em ambientes virtuais
Educação a distância é um processo de ensino-aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados,interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.
Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada.
Hoje temos a educação presencial, semipresencial (parte presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É a educação convencional. A semipresencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.
Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações. A educação contínua pode ser feita presencial,semipresencialmente ou totalmente a distância.
A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que na educação regular: É mais adequada para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece na pósgraduação e também na graduação.
Há modelos exclusivos de instituições de educação a distância, que só oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que oferecem cursos a distância também o fazem na educação presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil. Atualmente estão sendo criados consórcios de universidades públicas e particulares para conseguir maior presença no mercado educacional.
Poderemos oferecer cursos predominantemente presenciais e outros predominantemente virtuais. Isso dependerá da área de conhecimento, das necessidades concretas do currículo ou para aproveitar melhor especialistas de outras instituições, que seria difícil contratar.
Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas organizações estão se limitando a transpor para o virtual adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas,e-mail) e alguma interação on line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes). Apesar disso, já é perceptível que começamos a passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais na educação a distância. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais interativas e mesmo os meios de comunicação tradicionais buscam novas formas de interação. Da comunicação off line estamos evoluindo para um mix de comunicação off e on line (em tempo real).
Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de presencialidade também se altera.
Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" com sua imagem e voz, na aula de outro professor. Haverá, assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de aprendizagem, muitas vezes a distância.
Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto.É uma prática pedagógica que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo- de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando períodos de pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, idéias.
As crianças, pela especificidade de suas necessidades de desenvolvimento e socialização, não podem prescindir do contato físico, da interação. Mas nos cursos superiores, o virtual, provavelmente, superará o presencial. Haverá, então, uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas de aula e mais salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa e o escritório serão, também, lugares importantes de aprendizagem.As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo.
Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (só visando o lucro, multiplicando o número de alunos com poucos professores). Outras oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas pedagógicas inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de tecnologias:ora com momentos presenciais; ora de ensino on line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal; diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais personalizada e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica.
Para onde caminha a Educação na Sociedade da Informação
Caminha para uma aproximação sem precedentes entre o presencial e o virtual. Os modelos atuais ainda são predominantemente excludentes e separados na sua organização e realização. Estamos começando a perceber a aproximação de modelos híbridos de cursos presenciais e a distância e caminhamos para uma integração quase total, onde os conceitos de presencial e a distância sofrerão tais remodelações que se tornarão rapidamente obsoletos.
A internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem . Cada vez será mais fácil fazer integrações profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar, fazer pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados. Caminhamos para formas de gestão menos centralizadas, mais flexíveis, integradas.
Para estruturas mais enxutas. Está em curso uma reorganização física dos prédios. Menos quantidade de salas de aula e mais funcionais. Todas elas com acesso à Internet. Os alunos começam a utilizar o notebook para pesquisa, busca de novos materiais, para solução de problemas. O professor também está conectando-se mais em casa e na sala de aula e tem mais recursos tecnológicos para exibição de materiais de apoio para motivar os alunos e ilustrar as suas idéias. Teremos mais ambientes de pesquisa grupal e individual em cada escola; as bibliotecas se convertem em espaços de integração de mídias, software, bancos de dados e assessoria.
O processo de mudança na educação não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação.
Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora.
Com o aumento da velocidade e de largura de banda, ver-se e ouvir-se a distância será corriqueiro. O professor poderá dar uma parte das aulas da sua sala e será visto pelos alunos onde eles estiverem. Em uma parte da tela do aluno aparecerá a imagem do professor, ao lado um resumo do que está falando. O aluno poderá fazer perguntas no modo chat ou sendo visto, com autorização do professor, por este e pelos colegas. Essas aulas ficarão gravadas e os alunos poderão acessá-las off line, quando acharem conveniente.
As possibilidades educacionais que se abrem e os problemas são imensos. Haverá uma mobilidade constante de grupos de pesquisa, de professores participantes em determinados momentos, professores da mesma instituição e de outras. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, de extensão. As possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas.
Os problemas também serão gigantescos, porque não temos experiência consolidada de gerenciar pessoas individualmente e em grupo, simultaneamente, a distância. As estruturas organizativas e currículos terão que ser muito mais flexíveis e criativos, o que não parece uma tarefa fácil de realizar.
Bibliografia:
DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 1998.
LANDIM, Claudia Maria Ferreira. Educação a distância: algumas considerações. Rio de Janeiro, s/n, 1997.
LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na Internet: kidlink no Brasil. Rio de Janeiro: Brasport, 1997.
MASETTO, Marcos (org.) Docência na Universidade. Campinas: Papirus, 1998
MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos & BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo, Papirus, 2000.
MORAN, José Manuel . Internet no ensino. Comunicação & Educação. V (14): janeiro/abril 1999, p. 17-26.
_____________________. Textos sobre Tecnologias e Comunicação in www.eca.usp.br/prof/moran
NISKIER, Arnaldo. Educação a distância: a tecnologia da esperança; políticas e estratégias a implantação de um sistema nacional de educação aberta e a distância. São Paulo: Loyola, 1999.11
PAPERT, Seymour. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
Jose Manoel Moran
Recebo, de vez em quando, e-mails como este:
"Olá professor Moran, lembra de mim? Você me deu aula no primeiro semestre de 2006. Estou escrevendo este e-mail em agradecimento, pois uma vez você me disse que eu tinha potencial e eu acreditei nisso e muito. Hoje escrevo também para lhe convidar a participar do lançamento do livro ***, no qual participo com um conto. Encaminho anexado o convite, gostaria muito que pudesse ir. Um grande abraço e mais uma vez obrigada por acreditar em mim. Roberta".
Cada vez me convenço mais de que na educação o incentivo, o apoio é mais importante que a cobrança, o controle. Quando conseguimos motivar, incentivar o aluno ele aprende sem nós, ele aprende sozinho, ele corre atrás do que precisa. Quando queremos controlar o processo obtemos alguns resultados imediatos, mas não sabemos o que acontece depois, não sabemos se os alunos continuam com o desejo de aprender ou simplesmente executam algumas atividades supervisionadas enquanto estamos por perto. Por isso, a relação de confiança, afetiva, de apoio é fundamental para obter resultados a longo prazo.
A grande inclusão que precisamos na educação não é a tecnológica ? embora necessária ? mas a afetiva e a de valores: Inclusão afetiva: acolher os alunos, valorizá-los, dar-lhes força, esperança, entusiasmo. Alunos motivados vão mais longe, caminham com mais autonomia. A afetividade é um componente fundamental pedagógico e contribui decisivamente para o sucesso pessoal e grupal.
A outra grande inclusão é a de valores: o educador ajuda muito o aluno se ensina o que pratica, se ele se mostra como é, como uma pessoa em desenvolvimento, com contradições, mas que procura ser coerente entre o que pensa e faz. Numa sociedade que valoriza muito a aparência (no sentido corporal e no sentido de representar papéis), é fundamental termos educadores que mostrem coerência entre o que ensinam e praticam, que se apresentem como seres em crescimento, com contradições, com acolhimento e incentivo. Num mundo de tanto faz de conta, de tantas aparências e de tantas mentiras, educar dentro da verdade e da coerência já é uma grande inovação.
Além da inclusão digital precisamos da inclusão afetiva e ética: termos educadores e gestores confiáveis, que inspirem confiança, não porque sabem tudo, mas porque procuram ajudar os alunos a caminhar por si mesmos, a aprender juntos, a acreditar nas possibilidades de cada um.
O educador é um profissional cujo papel transcende a matéria que ele trabalha. Além da competência intelectual, de ajudar os alunos a compreender certos assuntos, ele mostra, expressa e trabalha ? direta e indiretamente ? valores, visões de mundo, sentimentos, modelos de vida. Quanto mais ele aprende a integrar tensões e contradições, melhor mostrará aos alunos como fazê-lo no dia a dia. Quanto mais avança na compreensão do mundo, no equilíbrio emocional, na capacidade de trocar afeto, mais ajuda os alunos a acreditarem em si mesmos, a quererem avançar também, a terem esperança no futuro. Se o educador, além de conhecer bem os temas do seu curso, mostra um processo rico de aprendizagem na vida, de observação, de interação, contribuirá muito para que os alunos ?ao menos uma parte ? reflitam mais, acreditem mais, desejem crescer como pessoas e como profissionais.
Quando vejo professores que impõem a aprendizagem pela força ou pelo medo, sinto pena de todos ? professores e alunos ? porque os professores não aprenderam o principal - conteúdo sem vida é pouco significativo - e os alunos poderão acreditar que a aprendizagem é complicada e difícil, o que complicará o desejo profundo de que acreditem que podem aprender por si mesmos.
Se numa instituição escolar temos muitos exemplos de professores controladores, o processo se complica para todos (permanecemos num modelo que não nos prepara para a autonomia). Se temos um equilíbrio entre o número de controladores e de incentivadores, os alunos podem ao menos comparar e escolher modelos de aprendizagem que considerem mais conveniente. Se temos muito mais educadores incentivadores do que controladores facilitaremos a crença e a escolha dos alunos por uma educação mais criativa, empreendedora e humana.
Diante de tantos grupos sociais que mostram que levar vantagem é melhor do ser honestos, que mentir é melhor do que a verdade, que preferem viver de aparências do que de autenticidade, precisamos de muitos gestores e educadores (não só nas escolas, mas em todas as instituições e grupos) que reafirmem o contrário: que vale mais a pena aceitar-se como pessoas em evolução, com contradições, mas com verdade e coerência do que viver no fingimento, do faz-de-conta.
A preocupação excessiva com a aparência (física, social) mostra a dificuldade de mudar valores que nos ajudariam a crescer mais, mas que contrariam interesses, negócios. O glamour que atribuímos a qualquer pessoa só pelo fato de aparecer na mídia mostra quanto a educação ainda precisa avançar.
A educação tem um papel político fundamental: mostrar a todos que podemos mudar esse estado de coisas que está aí, essa banalização da aparência, do consumo, da mentira e da enganação descarada de muitos grupos, que dificulta sobremaneira a credibilidade das propostas educativas cidadãs.
Avaliação dos Professores
Texto Malfadado - A Educação do meu Umbigo
Paulo Guinote
Não é que acrescentasse muito ao que saiu na Ops, mas estava previsto que saísse antes no semanário Sol de dia 8 antes do lançamento da revista. Depois ficou para hoje e julgo que os responsáveis editoriais o terão considerado redundante, pelo que o deixo agora aqui:
Por uma avaliação a sério do desempenho dos docentes
É um equívoco ou lugar-comum útil para alguns sectores de opinião, afirmar que os professores nunca foram avaliados ou que não o querem ser.
Acredito que algumas críticas sejam sinceras e que exista quem acredite em tal, mas felizmente para a Educação em Portugal isso não é verdade. Acredito que uma parcela residual da classe docente não queira ser avaliada, por questões de índole ideológica ou por algum receio pessoal. Mas sou obrigado a declarar que alguns dos piores desempenhos profissionais que conheci não têm nada a temer desde modelo de avaliação do desempenho proposto pelo Ministério da Educação. Porque é um modelo assente no registo do desempenho, com forte incidência nas questões do sucesso estatístico dos alunos, e não no seu efectivo acompanhamento no sentido de o melhorar.
Não é por mero acaso que a escola pública com melhores resultados nos exames seja uma das que está contra este modelo de avaliação do desempenho, nem que sejam alguns dos mais competentes profissionais que o contestam de forma articulada ou, perante o desvario em que entrámos, que preferem abandonar a profissão perante as repetidas ofensas da tutela.
Afirma um secretário de Estado, que os docentes se encontram «estupefactos» e «perplexos». Tem razão. Está coberto de razão, mas não pelos motivos que insinua. Os docentes estão efectivamente perplexos por ser possível que um governante tenha a prática de produzir despachos que são, com regularidade, desautorizados pelos Tribunais, sem que isso tenha qualquer sanção política. Afirma uma Ministra que os professores estão com «medo». Novamente tem razão. Está coberta de razão porque é verdade que muitos professores têm neste momentos medo, por si e pelas práticas que se adivinham decorrentes do novo modelo de gestão escolar e do regime de concursos, mas também pela qualidade de todo o sistema educativo, abandonado como campo a pilhar por quem sobre ele e avança de decreto, despacho e portaria em punho, com um Magalhães debaixo do braço, qual varinha de condão milagrosa.
A verdade é que os professores pretendem apenas ser avaliados com seriedade e rigor, não querendo um modelo que coloca licenciados em economia a avaliar a qualidade científico-pedagógica de mestres em Didáctica da Matemática, ou docentes de Educação Visual e Tecnológica a assistir o desempenho de colegas de Educação Musical.
Os professores não querem um modelo de avaliação que se desrespeita a si mesmo a partir do topo, com o ME a não cumprir a sua parte e a prescindir da avaliação da competência científico-pedagógica dos avaliadores, assim como a não respeitar as recomendações do próprio órgão (C.C.A.P.) criado para acompanhar e monitorizar o processo.
Um bom modelo de avaliação do desempenho docente não pode ser formalista, burocrático e consumidor de tempo e recursos que deveriam estar ao serviço do trabalho com os alunos e da melhoria das suas aprendizagens. Um bom modelo de avaliação não implica um investimento de recursos e tempo cujo retorno é desconhecido. Um bom modelo de avaliação deve ser equitativo, transparente, justo, suficientemente uniforme para não gerar assimetrias insanáveis, mas também igualmente atento às especificidades locais de cada estabelecimento de ensino. Não pode ser um modelo em que a avaliação feita na escola A da região X, serve para colocar um docente na escola B da região Y.
Com este modelo de avaliação de desempenho dos docentes vive-se uma ficção destinada apenas a operacionalizar a principal consequência do novo Estatuto da carreira, legitimando uma divisão horizontal dessa carreira que condena, efectivamente, três em cada quatro professores a não progredir e a estagnar, mesmo sendo excelentes profissionais.
Os professores não querem ser avaliados? Acredita nisso quem quer e quem se deixa enganar pela retórica daqueles cuja avaliação foi e será sempre feita de modo bem mais opaco e invisível para a sociedade.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
MARILENE PIUCCO
Atividade 4 – Witer
Perigo na rede
É impossível contra o fato de que as relações sociais criaram formas de se estabelecer pelos canais de tecnologia, ao longo das últimas décadas . Mas será que a sociedade está preparada para educar os filhos da internet? Os perigos do convívio de crianças e adolescentes na web mostram-se crescentes a cada novo noticiado pela mídia . Quando o espaço virtual gera o mundo de fantasias, e os pais não estão preparados para orientar meninos e meninas, brincadeiras e diversões transformam-se em armadilhas.
Caxias do Sul- Difícil encontrar sentido na vida quando algo dá errado. Seria tão melhor não ter nenhum defeito.
Falar com desenvoltura , esbanjar o cabelo mais liso, olhos claros , lábios mais finos, mais grossos .....Perfeito seria evitar que as pessoas nos conhecessem como somos , mas nos concebessem da maneira que gostaríamos de ser vistos.
Esse tipo de pensamento permeia o universo , pré adolescente e até infantil. A esses impulsivos e imediatistas iniciantes da vida , as facilidades em esconder-se no mundo virtual tornam-se uma armadilha camuflada em meio a tantas novidades.
Sistema de conversação online, a exemplo do MSM , e de relacionamento, como o Orkut, são alguns destes divertidos e ao mesmo tempo arriscados instrumentos. E essa realidade de perigo é constante no Brasil. Quando uma adolescente deixa sua casa, atravessa Estados para se encontrar com sua amiga da internet, o mundo real e o virtual se conectam em forma de ameaça às famílias. Até que ponto a educação de pai para filho é suficiente diante das portas que se abrem a cada dia com novas tecnologias?
O caso recente noticiado na imprensa nacional da garota paulista de 15 anos que foi encontrar na vida real sua parceira virtual em Bento Gonçalves impressiona pela determinação. A adolescente Giovana Dias Fernandes chegou a percorrer nove quilômetros a pé e pegar carona com caminhoneiros para chegar ao seu destino, na Serra Gaúcha. Na verdade, não era o encontro com a amiga seu principal objetivo. Ela queria fugir de casa por que tinha medo de ser reprimida pela mãe ao contar à família que perdera o celular.
Diante desse quadro, cabe a pergunta: seriam as ferramentas de conversação e de relacionamento os principais vilões aos adolescentes? Ou a tecnologia apresenta-se apenas com mais uma das válvulas de escape que crianças e adolescentes têm para correr dos problemas?
A resposta dos especialistas aponta para a segunda hipótese. A imersão na internet indica que algo na vida destes adolescentes não vai bem. O frenesi pelo mundo virtual mostra somente a ponta de um problema maior e bastante real.
O uso abusivo começa a caracterizar um tipo de dependência.Entretanto, isso é conseqüência de um desequilíbrio psicológico, uma porta aberta indicando que algo não está correto. São pessoas que têm problemas e precisam de uma válvula de escape – explica o psicólogo. Cristiano Nabuco de Abreu, 45, coordenador do ambulatório integrado dos transtornos do impulso dos hospitais das Clinicas de São Paulo.
Qualquer um pode ter uma imagem de pessoa feliz e de sucesso com fotos postadas no Orkut de viagens ao Exterior, sorrisos em festas etc. Mas como saber se aquela pessoa, de brincos dourados, jaqueta cuidadosamente rasgada nos ombros e bolsa de moda é realmente assim.
Vivenciar estereótipos, personagens ideais de sucesso e poder, é um recurso recorrente de crianças e adolescentes em sites de relacionamento e ferramentas de conversação na internet.
Com problemas de auto-estima, o usuário não consegue falar direito, por exemplo, ou se relacionar na vida real. Então ele se esconde atrás da tela do computador e reformula sua personalidade. Preferir a vida virtual é muito mais prazeroso, pois é um lugar onde não há dificuldades, vergonhas timidez - relaciona Nabuco.
Mesmo em 2008 e com a internet disseminada desde a década de 1990, o grande dilema em educar os filhos para o convívio social na web reside na falta de experiência e de conhecimento dos pais sobre essas ferramentas tecnológicas.
A realidade de crianças e adolescentes de hoje é diferente da vivida pelos pais. No receio ou nas festas, eles não trocam mais o número de telefone, mas o endereço do MSN. Esse é um recurso social dos dias de hoje. Os pais têm dificuldade em mensurar o quanto navegar na internet é saudável. Não é como o alcóol , por exemplo – compara o psicólogo.
Contra dependência - O doutor Nabuco coordena um grupo de trabalho pioneiro no Brasil. Ele trata da ressociabilização de dependentes de internet no Hospital de Clínicas de São Paulo.
Atualmente, há dois grupos de 15 pessoas em tratamento. Durante quatro meses e meio, os pacientes são acompanhados por psicólogos e psiquiatras em sessões em grupo, uma vez por semana.
Ao contrário dos tratamentos de alcoolismo, nos quais o usuário é obrigado a largar o vício, nós preferimos não proibir ao acesso ao computador, mas sim reeducar esse uso. Mesmo porque, em qualquer lugar há internet e seria muito difícil que o paciente conseguisse se controlar – evidenciou.
Expondo seus casos em grupo, os dependentes passam a perceber que não são os únicos a enfrentar os problemas com o vício.
Iremos começar em breve um grupo específico de adolescentes, também formado por 15 indivíduos - adiantou Nabuco.
Mais
O que é Orkut
Ferramenta de relacionamentos na internet, na qual as pessoas criam perfis mostrando suas características pessoais e fotos .Há como procurar por outras pessoas e se cadastrar em assuntos , chamados de comunidade, com os quais o usuário tem afinidade. Os brasileiros são os maiores usuários do Orkut, cerca de 53% do total.
O que é o MSN Messenger, da Microsoft. Nele, usuários cadastrados se comunicam, em tempo real, por meio de mensagens.
MARILENE PIUCCO
ATIVIDADE 3 –
ECOLOGIA E MEIO AMBIENTE
HABILIDADES : Ecologia e preservação ao Meio Ambiente
COMPETÊNCIAS : Discutir formas quanto a preservação de vida dos ecossistemas e da biodiversidade.
SABERES: Que as amplas conquistas da era tecnológica têm como contrapartida problemas igualmente grandes;
que o crescimento da população mundial e do consumo, especialmente nos países mais ricos, vem sugando a seiva da natureza, isto é , esgotando em ritmo acelerado os recursos finitos do planeta.
Que a Terra se encontra às portas da UTI, ou seja, que a biosfera está ameaçada pela alteração dos ambientes naturais, o que exige impor limites razoáveis, para a intervenção humana.
Que a atual revolução da produção na era tecnológica abre notáveis perpectivas, concretizando sonhos, as também contribui ´para a exclusão social.
Pesquisa : ECOLOGIA
1 – Ecologia e sua importância .
2 -Componentes estruturais de um ecossistema;
2.1 – Combonentes abióticos;
2.2 – Componentes bióticos :
2.3 – Cadeia e rede alimentar;
3 – Cadeia e rede alimentar
4 – Níveis Tróficos
5 – Habitat e nicho Ecológico
6 – fluxo de energia e ciclo da matéria ;
6.1 – Pirâmides Ecológicas
6.2 – Pirâmides de número
6.3 - Pirâmides de biomassa.
7 – Ciclo de água
8 – Ciclo do Carbono
9 – ciclo do Oxigênio
10 – Ciclo do nitrogênio
Fazer um dicionário ilustrativo quanto a definição de cada elementos funtamentais que compõem o Ecossistema.
Realizar um seminário de debate quanto as questões ambientais sobre o meio ambiente, criando slogans alertanto a humanidade quanto : as causas e efeitos do aquecimento global.
Conseqüências ao meio ambiente em resposta as alterações quanto as perturbações sofridas insustentável quanto ao uso indevido da ciência e tecnologia quanto a preservação da biodiversidade.
Quais as conseqüências enfrentadas pela Biosfera devido à vasta ocupação humana?
Quais as alternativas de combustíveis e problemas que podem ser enfrentados quanto ao combate do efeito estufa.
Quais as causas provocadas pelo homem quanto ao aquecimento global.
Quais os efeitos provocados pelos CFC liberados na atmosfera.
Que medidas poderiam ser adotadas quanto ao destino do lixo e quanto ao acúmulo dce materiais sintéticos.
Quais as vantagens que a modernidade traz motivos e esperança e preocupação quanto : à área da biotecnologia médica agropecuária, os trangênicos, animais clonados bebês sob encomendas .
Esta lista da modernidade traz riscos potenciais, capazes em princípio, de ameaçar em poucas décadas o delicado equilíbrio da biosfera construído em bilhões de anos.